quinta-feira, 4 de julho de 2013

Pringles

Pringles, minhas amadas,
Acompanharam-me na infância
E agora deixaram-me perdida,
No meio de tudo e no meio do nada...

Podem dar-me cancro,
A longo prazo,
Mas já me deram as badanas
De que eu tanto gostava, apagadas...

Partem-me assim o coração
E vão-se embora...
Afinal nunca foram batatas!

Deram-me uma lata de Pringles,
Quando era pequenina...
Agora sou viciada e estou perdida...

Ângela Gonçalves

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