Tenho em mim um oceano
De lágrimas adormecidas pela
Ideia falsa que me dão de felicidade…
Elas são acordadas
Pelo gigante botão de autodestruição
Da máquina dos sonhos.
Primeiro um, depois outro…
E assim, lentamente, deixam-me em mil pedaços.
Os nós que eram duplos e fortes
Desfazem-se como simples laços.
A dor que estivera em coma
É bem pior tê-la do que
Nunca mais poder ir a "roma"…
Despejo em ti toda a minha frustração.
Sofro de constantes erupções interiores
Que vou manifestando silenciosamente.
Acumulo energia como uma rocha
Prestes a colapsar com enorme tensão.
E nada disto se poderá comparar
Com a teoria do ressalto elástico…
Quero apenas poder libertar-me,
Deitar fora toda a energia negativa
Que me afunda em todos os 7 mares…
A paixão nunca mais se acendeu em mim,
O ódio é algo que não pode escapar-me…
Sofro de tanta dor que se apodera desta
Pseudo simbiose que tem comigo…
Jamais poderei viver feliz assim e aqui.
Só preciso de caminhar para um final.
Deixar-me prosseguir sem olhar para trás,
Viver como se de nada fosse capaz…
Só resta esperar que me afogue em paz…
Ângela Gonçalves
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