Chilreiam os pássaros no jardim,
Soam as cantigas hipnotizantes das sereias,
Voam letras sem sentido no ar de ruído
E da poluição causada pelo Homem.
Tocam os tambores do amor
E soltam-se gritos de dor.
O choro dos recém-nascidos
Perde-se pelos corredores das maternidades
De portas a fechar…
Lares a abarrotar de sofrimento.
Há infelicidade por falta de partilha,
E a compaixão fora esquecida…
De resto, tudo do avesso
À espera deste concerto
De vozes graves e agudas
Numa manifestação,
Para o conserto do Mundo!
Ângela Gonçalves
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