terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Nunca entendi a cor dos meus olhos

Não chego a perceber o lado negro,
A vingança entusiasmante e corrosiva.
Nunca reconheci o sorriso dos teus lábios,
Nem a angústia das minhas palavras para contigo…

Aquela parte de mim,
Ali desamparada,
Foge do comum.

É uma alma incapaz 
De ser imaginada.

Uma parte de mim desconhecida por todos…

Um lado viril e escuro
Por trás de um sorriso rasgado.

Num corpo são e ajuizado,
Talvez um trauma não ultrapassado
Tenha dado origem à vingança corrosiva.

Que faz de mim um ser impossível de reconhecimento,
Que se perde nas lágrimas de contentamento
Em vez de procurar o significado
Da verdadeira cor dos meus olhos.

Ângela Gonçalves

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