domingo, 30 de março de 2014

Sociedade da Atualidade

Todas as histórias começam por
“Era uma vez…”
Neste caso, a ausência de conteúdo
Plausível aos olhos de um Velho como eu
Tornam tudo claro como o breu
E não há metáfora que assista
A esta sociedade consumista
Que ao longo dos anos se (des)fez…

O tempo não faz por esperar,
Não tenciona parar,
O falso é aquele que conquista
Aquilo que quer, mas nunca o necessita.
Percorrem os velhos o Destino
Cruel, seco e indefinido…
Para que se torne pior do que clandestino
Sentir que vão destruindo um passado perdido…

Antes, pensar era existir.
Hoje, consumir é viver.
Temos uma sociedade em pleno
A consumir o seu próprio veneno.
Amanhã voltar atrás será impossível…
A metafísica da vida está completamente
Perdida e longe de ser fogo ardente.
Esta sociedade é incompreensível!

É sedução enquanto não se consegue obter…
Depois de fazer chegar tudo à nossa mão,
A sociedade (como sempre) vai-se esquecer
E, aí, não vai passar de pura ilusão…
A sociedade não passa do Mostrengo da atualidade!
Consome o que pode, fala do que não deve
Acaba a dever, limita-se a sobreviver…
E sim: é esta a triste e verdadeira realidade!

Ângela Gonçalves & David Costa

03-03-2014

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