quarta-feira, 30 de julho de 2014

Cálculos Soltos

Não sei quantas peças tenho
Nem tenho na memória pequenas fórmulas
Para as poder montar…

Não sou um génio da matemática
Nem tenho vontade de me esforçar…

A Terra gira, o sangue circula nas veias…
O vento assobia, o mar revira as areias…

Tudo cada vez mais desregulado,
Todo o meu corpo está acidentado.

Procuro algo, mas não sei bem o quê.
Viajo sem rumo, apesar de procurar um fim…

Perco as forças e nunca as estribeiras,
Olho de lado o futuro real…

Tenho o meu próprio mundo
Na minha pequena realidade.
Deito fora o real,
Fico na parte imaginária.

Nunca fui um génio da matemática.
No entanto, no meu mundo, nada é complexo
E sou a rainha do imaginário.

Olho para o passado olhos nos olhos.
Nunca tive medo dele.
Afinal, ele nunca mais vai voltar.
E eu, ainda poderei ser um verdadeiro génio da matemática!

Ângela Gonçalves
05-07-2014

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