Ontem
fui visitada pelo arrependimento, hoje presenteia-me a felicidade e amanhã
provavelmente passará por cá o ódio… Não somos propriamente máquinas
programadas para nos sentirmos sempre felizes. E, para além do mais, nada faria
sentido se isso acontecesse, pois uma vida em que todos os dias nos sentíssemos
felizes, perderia todo o seu sentido.
Se tudo
o que fazemos é feito a pensar em atingir o auge da felicidade, como faria a
vida sentido se fôssemos sempre felizes?
Estar
feliz não significa ser feliz assim como estar deitado não significa estar a
dormir, ou seja, podemos fingir uma coisa e sentir outra ou transparecer,
mesmo que acidentalmente, aquilo que não nos vai na alma…
Então, vivemos
a vida com o objetivo de sermos felizes e a felicidade é um estado de espírito
desejado a todo o momento, mas a verdade é que o nosso estado de espírito não é
constante, a felicidade ora vem, ora vai e nunca permanece intacta! Às vezes é
forte, outras vezes mal a sentimos; pode provocar sensações abundantes de
alegria ou apenas simples sorrisos.
Só
descobrimos o que é a felicidade na sua totalidade quando esta desaparece e aí,
apercebemo-nos do quão felizes éramos até àquele momento em que ela nos deixou.
E, a partir daí, voltamos a correr atrás dela com mais força do que nunca, ou
então entramos numa profunda depressão mas isso vai depender do tipo de pessoa
que somos ou mesmo dos amigos que temos… Os amigos e a família são algo muito
importante neste processo, pois não atingimos a felicidade quando só nós nos
sentimos felizes, mas sim quando nós estamos, as pessoas à nossa volta também e
quando a relação entre nós e elas é estabelecida de maneira a que tudo esteja
em equilíbrio.
Apenas
tenho mais uma reflexão a fazer…Ela é singela e requintada, transforma o vazio
em algo cheio de brilho, lágrimas em borboletas, dores em gargalhadas, sangue
em doce de morango…
Felicidade,
essa é a palavra-chave para que toda a magia do universo se torne na mais pura
realidade…
Ângela Gonçalves
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