Das profundidades perfuradas
Longe destes tempos
São invocados os Deuses da terra e do mar.
Que trazem até nós uma inquietação frenética
Um rio doce de esperança
E uma ponta de medo.
Lá do fundo, alguém me chama,
Em tom de me assustar
E arrancar de mim toda a minha felicidade…
A fúria e o medo trepam lentamente
Trazendo-me uma imensidão de caminhos jamais percorridos
E de verdades escondidas.
Ignoro a voz dentro de mim
E prefiro viver na escuridão
Longe da argumentação e da retórica.
O importante é viver
Passar cada dia lentamente
Sabendo que despedaço a cada passo em falso na escuridão
Que se encontra de chão furado.
Uma realidade pré-estabelecida
Várias memórias esquecidas
Uma menina perdida
E o final de uma história aborrecida…
Ângela Gonçalves
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