O dia é cinzento, frio
O estado de espírito reflete a noite…
A noite virá, fria e escura
Com os pés no sofá e a
Lareira acesa, bem quente
Para o conforto da casa gélida
Por falta de isolamento e de móveis…
Estou sozinha com um copo de chá nas mãos,
Para as manter quentes.
Música tranquila e alta para não pensar em ladrões.
Televisão desligada e um livro aberto.
Páginas vazias e rios de ideias,
Nenhuma concreta.
Caneta na mão.
Quando me preparo para começar a escrever
Deparo-me com a falta de tinta na caneta.
Levanto-me e procuro outra.
Logo de seguida, ao voltar para o conforto da sala,
Deparo-me com algo que não estava lá!
Um envelope debaixo da porta.
Curiosa pego nele e vou lê-lo para o sofá.
Paulatinamente recordo todas aquelas memórias
Da minha infância, feliz e acompanhada.
A carta era de uma velha amiga que,
Devido à música exagerada não obteve
Uma resposta ao bater à porta.
Deixou uma carta, como sempre fazia.
Após isto começou o meu célebre livro.
Ela despertou o melhor tema:
A infância, a nossa infância
E os segredos e táticas perspicazes.
Algo diferente e magnífico!
Ela sabia que eu o faria após a carta.
Tinha certezas acerca do sucesso
E da minha escrita.
Do dia e da forma de me despertar.
Mudou a minha vida,
A minha melhor amiga!
Ângela Gonçalves
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